terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Links com descritores para reportagens sobre aquecimento global

http://www.rotadareciclagem.com.br/site.html?site=sitelight
O site Rota da Reciclagem é uma iniciativa da Tetra Pak que busca demonstrar como cada pessoa pode participar dos processos de separação e entrega de embalagens longa vida para a reciclagem. Informa onde estão localizadas as cooperativas de catadores, as empresas comerciais que trabalham com compra de materiais recicláveis e os pontos de entrega voluntária (PEV) que recebem embalagens da Tetra Pak. Basta digitar seu endereço que o site indica os estabelecimentos mais perto da sua casa!

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/07/carta-verde-3-energia-transgenicos-e.html
Carta verde é uma parceria da revista Carta Capital com a Envolverde – uma revista digital de meio ambiente e desenvolvimento. Em julho de 2010, foi divulgada a Carta Verde 3, uma matéria especial sobre os rumos da energia no Brasil, uma visão do presente e a projeção feita pelo plano decenal de energia feito pelo Governo Federal. Fala-se sobre a matriz energética do país e também sobre a entrada do arroz transgênico no mercado brasileiro.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/07/cientistas-preveem-ano-com-recorde-de.html
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) divulgou previsões para 2010 sobre a temperatura global e os dados que apresenta são pessimistas: a temperatura global está aumentando a passos largos; a cada ano batem-se novos recordes. Além disso, é consenso entre a comunidade científica que a ação humana tem bastante peso no aquecimento global com as emissões de gases estufa.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/onu-escolhe-nova-lider-para-o-clima.html
Uma nova líder para a Convenção do Clima da ONU foi nomeada em maio de 2010, a costa-riquenha Christiana Figueres. Sua missão será continuar os trabalhos para frear as mudanças climáticas. Ela vai buscar trabalhar com a confiança nos processos de negociação entre países e apoiar também o México que sediou, em Cancún, o COP-16 na segunda metade do ano de 2010.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/contribuicao-do-brasil-para-evitar.html
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) foi o caminho escolhido coletivamente pela comunidade internacional para criar uma forma de combater impactos ambientais do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, procurar amenizar um pouco a situação de alguns países, pois terão mais emissões para que ocorra o desenvolvimento – enquanto os já desenvolvidos têm muita emissão, mas por causa de consumo que é supérfluo. O Brasil está se tornando um exemplo no controle de suas emissões .

http://www.cetesb.sp.gov.br/geesp/docs/livros_revistas/contribuicao_brasil_evitar_mudanca_clima.pdf
Esse documento traz as contribuições do Brasil para evitar as mudanças climáticas. São abordados assuntos principalmente relacionados a energia, poluição, políticas e programas nacionais, questão do desmatamento na Amazônia brasileira e ainda sobre o mecanismo de desenvolvimento limpo, introduzido pelo Protocolo de Quioto e que visa a compensação de redução de emissão de GEE.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/segundo-greenpeace-muitas-pessoas-nao.html
O Greenpeace fez uma atuação no Trensurb de Porto Alegre e o resultado traz à tona uma questão preocupante: muitas pessoas não entendem o real impacto do aquecimento global em suas vidas. O Greenpeace, em parceria com a empresa Trensurb, buscou fazer divulgação do tema com material gráfico e com apoio de voluntários.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/mitigacoes-para-mudancas-climaticas.html
O vídeo traz algumas entrevistas em que se faz o questionamento “O que pode ser feito para mudar o cenário de aquecimento global¿” São mencionadas soluções que vão desde capricho, conscientização quanto a queimadas, poluição de rios, desmatamento, reeducação da população e diminuição da poluição.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/efeito-estufa-e-aquecimento-global.html
Nesse vídeo, os entrevistados são questionados quanto ao que entendem ser o efeito estufa e se acreditam no aquecimento global. Observa-se que o conceito de efeito estufa ainda é vago para algumas pessoas e a idéia de aquecimento global já está mais concreta em razão de os entrevistados acreditarem na sua existência. É interessante analisar de que forma o efeito estufa é descrito por leigos.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/enquete-mudancas-climaticas.html
O vídeo mostra os entrevistados respondendo se acham que alguns fenômenos da natureza – tsunamis, enchentes, terremotos e estiagens – são causados por mudanças climáticas. A maioria dos entrevistados responde que sim, e também há menção à ação humana.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/05/o-que-sao-mudancas-climaticas.html
O que são mudanças climáticas e se há a percepção delas são questões feitas nesse vídeo. As respostas demonstram que a percepção de variação do tempo impacta na vida dos entrevistados. Há quem mencione perceber mudanças climáticas na agricultura. Entretanto, é interessante observar a opinião de um entrevistado que concorda que as mudanças existem, mas que fazem parte de um processo natural por que a Terra está passando.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/eua-comeca-queimar-petroleo-que-vazou.html
Apesar da poluição do ar que causou, em abril os EUA decidiram queimar parte do petróleo que vazou no Golfo do México e que estava prestes e chegar ao litoral do estado da Louisiana. A mancha de petróleo era do tamanho da Jamaica e o objetivo das autoridades era queimar porções, de forma controlada, para evitar que se alastrasse até a costa do estado americano.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/vazamento-de-oleo-no-golfo-do-mexico.html
Ao saírem as primeiras notícias sobre o vazamento de óleo no Golfo do México após o naufrágio de uma plataforma, estimou-se que a vazão de óleo, por dia, seria de cerca de mil barris. Porém, após uma nova averiguação, a estimativa passou para cerca de 5 mil barris por dia. Uma operação para queima de porções da mancha de óleo deve reduzir o risco de chegar à costa do estado da Louisiana, nos EUA.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/nova-estacao-do-trensurb-chega-fase.html
A construção de uma nova estação do Trensurb chegou ao final em abril de 2010. A estação Liberdade conta com energia solar para que haja economia na iluminação pública. Outra novidade é a implantação de bicicletários no saguão. Ainda restam outras três estações a serem construídas com recursos do Governo Federal; serão cerca de 9km.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/ipea-divulga-estudo-sobre-negociacoes.html
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)analisa a posição do Brasil nas negociações internacionais sobre mudança climática, as ações nacionais de mitigação, o novo marco regulatório sobre o assunto e a adaptação às mudanças do clima. Há, ainda, dados sobre emissão de GEE no Brasil e sobre as metas do Brasil para a redução dessas emissões.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/indigenas-da-amazonia-lancam-cartilha.html
Indígenas da Amazônia lançaram cartilha sobre mudanças climáticas para estimular o debate sobre as alterações no clima dentro das aldeias. Essa cartilha tem objetivo de ensinar os indígenas como lidar com projetos que envolvem créditos de carbono e assimilar melhor temas como mudanças climáticas e Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/paises-da-alatina-e-da-ue-discutem.html
Países da América Latina e da União Européia se encontraram em abril de 2010 para discutir mudanças climáticas. Apesar de não terem uma parcela tão significativa de emissão de gases do efeito estufa, os países latinos entendem que também devem ter preocupação com o aquecimento global já que os impactos seriam sentidos por eles da mesma forma.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/entrevista-com-paulo-moutinho.html
O Coordenador do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Sr. Paulo Moutinho, em entrevista, levanta questões relacionadas a proteção da biodiversidade, agronegócio, políticas ambientais, novo Código Florestal e Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (REDD).

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/httpwww.html
Agência de Notícias dos Direitos da Infância – ANDI em aliança com a Embaixada Britânica no Brasil e Conselho Britânico criaram um portal para jornalistas, pesquisadores e para pessoas e organizações que atuam como fontes de informação à imprensa já que o tema mudanças climáticas se configura como uma questão da mais alta relevância para as sociedades
contemporâneas.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/mudancas-climaticas.html
As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos e são provocados pelo homem ou ocorrem naturalmente; esses são os chamados fatores geradores. E, quanto às conseqüências, fala-se em derretimento das calotas polares, aquecimento da temperatura do planeta, desertificação, etc.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/04/wwf.html
WWF-Brasil é uma ONG dedicada à conservação da natureza com objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável e uma racional utilização dos recursos. A filiação à organização pode ser feita mediante contribuições mensais que variam de R$20,00 a R$50,00.

http://2020sustentavelmudancasclimaticas.blogspot.com/2010/03/video-one.html
O vídeo One feito em março desse ano por estudantes de Porto Alegre, traz uma série de imagens que demonstram os efeitos do aquecimento estufa. De fato, não há muitas saídas de emergência diante da realidade apresentada pelo vídeo: derretimento de geleiras, desertificação, ciclones, furacões, poluição, queimadas e inundações. Um convite à reflexão que não deve ser recusado: é dever de cada habitante da Terra fazer sua parte.

Descritivos para os links do blog:
Setembro
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/clima/mudancas_climaticas/O site da WWF traz um guia rápido, respondendo perguntas de maneiras simples sobre mudanças climáticas, efeito estufa, desmatamento, eficiência energética, energias renováveis, Convenção do Clima, Protocolo de Quioto, Fundo de Adaptação, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4681844-EI238,00-ONU+buraco+na+camada+de+ozonio+se+fechara+ate.htmlEm 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que selou o compromisso de controle de emissão de substâncias tóxicas à camada de ozônio. Os estudiosos esperam que até 2060 a camada de ozônio seja recuperada aos níveis de 1980. O banimento dos CFCs também trouxe contribuição positiva com relação às mudanças climáticas, pois os CFCs são considerados 14 mil vezes mais perigosos que o CO2.

http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/669
Algumas atitudes fazem a diferença para o planeta. De maneira geral, existem três tipos de atitudes: ações individuais de baixíssimo custo (como diminuir tempo do banho e apagar as luzes); ações individuais com maior custo (como comprar alimentos certificados e reduzir o consumo de carne); e ações que dependem também de outros atores (trocar automóvel por transporte coletivo ou por bicicleta ficando dependente do serviço de transporte e de uma ciclovia segura). O link ainda traz mais exemplos que podem ser colocados em prática!


Outubro
http://www.youtube.com/watch?v=-xUt31hgYKQ
O vídeo de 51 minutos do Greenpeace mostra que o aquecimento global está interferindo na vida dos brasileiros. O Brasil registrou seu primeiro furacão, o Catarina, também tem visto aumento de tornados e de tempestades. Por outro lado, a estiagem piora a cada ano levando a dificuldades de distribuição de água e problemas de produção. A desertificação e o aumento da temperatura das águas comprometem a sobrevivência da biodiversidade em diversos ecossistemas.

http://www.ecodebate.com.br/2010/10/19/oceanos-subiriam-sete-metros-apenas-com-derretimento-do-gelo-da-groenlandia/
As geleiras da Groelândia estão derretendo numa velocidade impressionante. Se a Groelândia derretesse inteira, causaria um aumento de 7 metros no nível do mar, pois o gelo está sobre a terra e não já dentro do mar como o gelo dos pólos. Além disso, com a diminuição da superfície de neve ocorre menos reflexão da luz solar e, conseqüentemente, aumento da absorção de calor e aumento da temperatura.

Novembro
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/13/brasil-promete-cortar-ate-38-9-das-emissoes-para-2020-914746941.asp
Publicada em 13/11, uma reportagem do O Globo conta que o governo brasileiro assumiu a responsabilidade de cortar até 38,9% das emissões de GEE para 2020. Os compromissos assumidos são quanto ao desmatamento (responsável por 20% do compromisso), agropecuária, energia e siderurgia. O Brasil tem sido elogiado por autoridades de outros países pelas iniciativas pró-ambientalistas.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1628792-15605,00.html
A reportagem de Sônia Bridi e Paulo Zero traz o impacto que o aumento do nível dos mares tem sobre dois países - um rico e outro pobre. Por um lado, no país rico, será construído um complexo sistema de retenção das águas, deixando a população a salvo. Por outro lado, no país pobre, não há retenção, o avanço se dá de modo cada vez mais feroz e ainda comprometendo lençóis freáticos.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Efeito-estufa/
O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, porém a atividade humana o está tornando um problema. A emissão dos gases do efeito estufa está se intensificando contribuindo para o problema do aquecimento global. Esse vídeo feito pelo Greenpeace para conscientização mostra de forma rápida e bastante didática como se dão os processos que levam ao aquecimento global.


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1362319-7823-VIGILANTES+DO+CLIMA+INVESTIGAM+DOIS+VIDEOS+ENVIADOS+POR+TELESPECTADORES,00.htmlOs
Vigilantes do Clima é um quadro que foi apresentado no Fantástico. Nessa reportagem, num primeiro momento se mostra uma ilha de areia que surge no período de seca e que está, a cada ano, ficando maior. Depois, a repórter embarca numa expedição com especialistas que estudam os efeitos do aquecimento global nos oceanos.

http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=26581880
A taxa de desmatamento da Amazônia, de acordo com o Inpe, é a menor desde 1988. Os dados indicam redução de 13% com relação ao período anterior. A redução está se dando por causa de ações coordenadas do Ibama e da polícia federal que contam com apoio da tecnologia para mapear pontos de desmatamento e melhorar então a fiscalização.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Etiqueta de eficiência energética da Inmetro


De acordo com a Revista Quatro Rodas de dezembro de 2010, quatorze modelos 2011 chegarão às concessionárias no ano que vem mais econômicos. Essa é a principal novidade da terceira edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, conduzido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro). O projeto mede o consumo e confere etiquetas que variam de A (mais eficiente) a E (menos eficiente), como acontece com eletrodomésticos. Além de informar o consumidor sobre o carro mais econômico, a ideia é estimular a indústria a melhorar a eficiência dos veículos. Segundo pesquisa do Inmetro, 78% da população leva em conta a etiqueta ao comprar qualquer tipo de produto.

Ao longo do ano, técnicos do Inmetro escolhem aleatoriamente veículos para medir seu consumo e verificar se os valores conferem com o informado pelas fábricas. Em novembro, o órgão divulgou os resultados da fornada de 2011. Entre eles estão lançamentos como o Ford New Fiesta, que recebeu nota B, e o Renault Fluence, que conquistou um A. Dos 73 modelos que participaram das medições, apenas três marcaram presença em todos os programas e 46 podem ter seu desempenho comparado aos resultados de 2010.

Nove (dos 14 que diminuíram o consumo) melhoraram a nota, dez pioraram e 27 continuaram na mesma categoria do ano passado.“Vários melhoraram porque tiveram mudanças técnicas”, afirma Marcos Borges, coordenador do programa. Foi o caso do Toyota Corolla, que ganhou ajustes na direção elétrica e um ar-condicionado com compressor de volume variável, passando de C para A. Um novo mapeamento da injeção ajudou Symbol e Logan a se tornarem menos beberrões.

Como a classificação depende do restante do conjunto, teve carro que recebeu nota mais baixa com os mesmos números do ano passado. Isso aconteceu porque outros concorrentes entraram no páreo. Como a adesão continua sendo voluntária, cinco fabricantes ficaram de fora (PSA, Nissan, Chevrolet, Honda e Mitsubishi). Para 2012, o Inmetro promete acrescentar uma avaliação de emissões de poluentes às notas de consumo e integrar a etiqueta ao programa Nota Verde, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Veja o resultado do teste aqui
Link da matéria: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/terceira-medicao-consumo-feita-pelo-inmetro-611675.shtml

A considerar a grande quantidade de automóveis circulando e também os índices de crescimento dessa frota, esse tipo de iniciativa pode ter um significativo impacto. No Brasil, o índice de carros por habitante ainda é de 7,9. Embora esse índice esteja diminuindo ao longo dos últimos 12 anos, em número absolutos podemos nos assustar: 23,3 milhões de veículos. Além disso, o custo de ter um automóvel está diminuindo.

Mas, para esse tipo de selo ter o impacto necessário, é importante fazer um bom trabalho de conscientização da população. Será que alguém que está comprando um carro novo vai dar o peso certo para esse fator???

Índice de Carbono Eficiente estimula investimento em gestão ambiental

Um grupo de 42 empresas entre as 50 com ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo estão chamando atenção de investidores para um novo vetor, o ambiental. E por outro lado, investidores interessados em empresas que têm o meio ambiente – principalmente as mudanças climáticas - como estratégia de negócio passam a contar com uma ferramenta que sinalizará essa preocupação. Trata-se do ICO2 - Índice Carbono Eficiente, lançado ontem pela BM&FBOVESPA e pelo BNDES.

O novo índice mede o retorno de uma carteira teórica formada pelas 42 empresas, entre elas ItaúUnibanco, Vale, Bradesco e Ambev. Ele é ponderado pelo percentual de ações em circulação e pelo coeficiente de emissões de gases de efeito estufa das empresas. É a primeira vez que a pegada de carbono das empresas serve de parâmetro para um índice da Bovespa. Para aderir à iniciativa, as companhias não precisaram apresentar seus inventários, onde estão quantificadas as emissões de carbono e outros gases. Mas puderam fornecer informações para que as emissões fossem estimadas e os dados foram harmonizados pela Trucost, empresa global de pesquisa ambiental.

A partir do ano que vem, no entanto, o inventário será um requisito. Como uma das ideias é demonstrar a transparência das emissões, as empresas participantes puderam divulgar voluntariamente seus inventários e outras ações de gestão ambiental no site Em Boa Companhia, disponibilizado pela Bolsa.

A carteira, que começou a valer hoje (03/12), será balanceada a cada quatro meses de acordo com as ações em circulação das empresas e anualmente com base no coeficiente de emissão. Em 2012, haverá ampliação das fontes. Elas serão definidas a partir de um estudo, que será feito no ano que vem.
(...)

As empresas participantes da primeira carteira do ICO2 estão no site da Bovespa.

EUA: democratas fazem projeto de lei pró-clima

Os republicanos não foram, único que foi votou contra, mas o Senado norte-amercicano começou a se mexer em favor do meio ambiente. A Comissão de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado aprovou em novembro um projeto de lei que pode exigir corte na emissão de GEE de 20% com relação às emissões de 2005.

Embora o projeto seja votado somente no ano que vem, é bom saber que os EUA estejam fazendo algo nesse sentido, pois já se sabe que podemos responsabilizá-los por boa parcela das emissões de gases do efeito estufa. Há quem diga que essa participação seja de 30% aproximadamente.

O crescimento econômico dos EUA causa inveja a muitos governantes, mas é preciso que haja a conscientização de que esse modelo é ultrapassado e nada sustentável. O país norte-americano assumir que errou, fazendo a natureza pagar o preço de seu crescimento, contribui para que essa conscientização seja mais abrangente.

Matéria completa em: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/11/05/comissao-do-senado-dos-eua-aprova-lei-sobre-clima-de-democratas-914610653.asp

Profissionais da saúde também se manifestam

Profissionais da saúde receitam remédio para um planeta doente
(AFP) – 4 de Nov de 2009
BARCELONA, Espanha — Profissionais da saúde de mais de 120 países fizeram um apelo nesta quarta-feira, em Barcelona, por um ambicioso acordo de combate às mudanças climáticas na conferência de Copenhague, em dezembro, para evitar as graves consequências do aquecimento global para a população mundial.
(...)
O remédio prescrito consiste em uma forte redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, uma transição para as energias limpas e a inclusão dos setores de saúde nas políticas de adaptação dos países em desenvolvimento.
(...)
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma temperatura mais alta e um clima mais instável favorecem a propagação de doenças ligadas à contaminação da água e de algumas doenças tropicais transmitidas por insetos. Além do risco para a saúde, estas doenças colocam em risco a produção agrícola nos países menos desenvolvidos.
"As principais doenças mortais, como o cólera, a malária, a dengue e outras são particularmente sensíveis às mudanças climáticas", destacou Karliner..
Completo em: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5j_OxQSdw-E-7lPA8rS8_xofVCz7w

sábado, 4 de dezembro de 2010

200 países buscam acordo modesto sobre mudanças climáticas

CANCUN - Quase 200 países se reunirão no México a partir de segunda-feira para tentar chegar a um acordo sobre medidas modestas para tentar reduzir a mudança climática, um encontro ofuscado pelas tensões entre os Estados Unidos e a China.
A reunião, num luxuoso local de veraneio, no Caribe, chamado "Moon Palace," começa no dia 29 de novembro e termina no dia 10 de dezembro e tentará colocar as negociações novamente nos trilhos, depois que a reunião de cúpula do ano passado, em Copenhague, terminou sem que a ONU conseguisse que um tratado para reduzir o aquecimento global fosse assinado.
Representantes dos países se reuniram no domingo (28) para conversações preliminares que buscam acordos em medidas mais modestas, como por exemplo, um "fundo verde" para canalizar a ajuda aos países pobres, novos meios de compartilhar tecnologias limpas e proteger as florestas tropicais que absorvem o carbono, à medida que elas crescem.
"Esses são passos importantes, mas eles são pontuais e uma pequena parte do problema que o mundo está enfrentando," disse Johan Rockstrom, chefe do Stockholm Environment Institute - (Instituto do Meio-Ambiente de Estocolmo). "Não podemos comemorar o que está acontecendo," disse ele.
Esse ano promete ser um dos dois mais quentes desde que os registros começaram, no século 19. A equipe de cientistas especialistas em clima da ONU diz que o aumento da temperatura significa que haverá mais enchentes, secas, tempestades e elevações dos níveis dos oceanos.
A reunião, que será aberta pelo presidente do México, Felipe Calderon, vai tentar acabar com o impasse entre a China e os EUA, os principais emissores de gases do efeito estufa. Cada um insiste que o outro precisa fazer mais para reduzir as emissões pela queima de combustíveis fósseis, um desentendimento que causou mais tensão numa relação já afetada por disputas em relação ao excedente comercial e o controle da taxa de câmbio da China. E nenhum dos dois está disposto a assinar um acordo obrigatório para reduzir as emissões.
O principal objetivo das conversações é encontrar um sucessor para o atual Protocolo de Kyoto, de 1997, que obriga todas as nações industrializadas, exceto os EUA, a cortar as emissões em pelo menos 5,2 por cento abaixo dos níveis de 1990 no período de 2008 a 2012.
Tóquio disse na semana passada que seria "inútil e inadequado" que aqueles que apóiam o Protocolo de Kyoto estendam o pacto sem mais ação da parte dos principais emissores. A União Europeia também quer uma maior ação em troca de uma extensão de Kyoto.
Washington nunca assinou o pacto, dizendo que Kyoto omitiu, injustamente, metas obrigatórias para 2012 para as nações em desenvolvimento. Pequim e outros países emergentes dizem que as nações ricas precisam concordar com novas metas para 2020 e permitir que os pobres usem mais energia para acabar com a pobreza.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Taxa de desmatamento da Amazônia é a menor desde 1988, diz governo

http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=26581880

2010 pode ser um dos três anos mais quentes da história, diz ONU

CANCÚN, México (Reuters) - Este ano pode se tornar um dos três mais quentes desde que os registros começaram, em 1850, e a década passada foi a mais quente, em um novo sinal das mudanças climáticas causadas pelo homem, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira.

Até agora, este ano foi um pouco mais quente que 1998 e 2005, os dois mais quentes, mas pode ficar para trás se dezembro for um mês frio, apontou relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

'A tendência é de um aquecimento muito significativo', disse o chefe da OMM, Michel Jarraud, em coletiva de imprensa. Perguntado se os dados eram nova evidência de que as emissões de gases-estufa estariam contribuindo para o aquecimento global, ele disse: 'A resposta curta: sim'.

'Estes são os fatos. Se nada for feito... (as temperaturas) irão para cima e para cima', disse ele.

Para Jarraud, os dados podem nortear os negociadores, reunidos para cúpula do clima em Cancún até 10 de dezembro.

A OMM disse que as temperaturas na terra e no mar em 2010 estão 0,55 grau Celsius acima da média entre 1961-1990, de 14 graus Celsius. Os anos 2001-2010 foram a década mais quente, afirmou.

Os dados, que confirmaram reportagem da Reuters na semana passada, coincidiram com uma onda de frio pelo norte da Europa, onde fortes nevascas causaram caos em viagens.

Década 2001-2010 foi a mais quente da história, diz OMM

Cancún (México), 2 dez (EFE).- A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) alertou nesta quinta-feira que a década 2001-2010 "marcou um novo recorde" como a mais quente na história do mundo, explicou o secretário-geral da entidade, Michel Jarraud.

O alto funcionário assinalou também que 2010, "com quase certeza", à espera de resultados definitivos de dezembro, que serão medidos em fevereiro, pode ter sido o ano mais quente da história da humanidade, na frente de 1998 e 2005, de acordo com as medições da OMM.

"Há certamente um aquecimento (global) significativo. Isso é indiscutível", manifestou.

A declaração foi feita por Michel Jarraud em entrevista coletiva durante a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), que acontece até o próximo dia 10 em Cancún (México).

Jarraud assinalou que atualmente, considerando o período de janeiro a outubro, a temperatura terrestre, da atmosfera e do mar em 2010 está 0,55 grau centígrado superior à média do período entre 1961 e 1990.

Anteriormente, em 1998, o registro foi 0,53 grau superior à média, e em 2005, 0,52 grau.

Segundo o analista, "se nada for feito, a curva (de altas temperaturas superiores à média) seguirá subindo e subindo" e é provável que, no futuro, 2010 chegue inclusive a ser "um dos anos mais frescos" em comparação aos que virão.

Na década atual, que está prestes a terminar, a temperatura foi 0,46 grau centígrado superior à da média de 1961-1990.

As maiores anomalias do ano ocorreram em duas regiões do planeta: a do Canadá e Groenlândia; e a metade norte da África e sul da Ásia, uma área que se estende até a metade ocidental da China.

As temperaturas da superfície marinha estiveram abaixo do normal na maior parte da metade leste do Oceano Pacífico, como resultado do fenômeno "La Niña", mas foram superiores ao normal nos oceanos Índico e Atlântico.

Das 23 regiões em que a OMM divide o globo, em sete houve registros superiores, indicou Jarraud. Segundo ele, a única que não registrou altas nas temperaturas foi o norte da Austrália.

Paradoxalmente, embora tenha havido ondas de frio nas zonas mais habitadas dos Estados Unidos e Europa, onde vivem 60%-70% da população dessas regiões, tomando as temperaturas globais estas foram superiores.

Como fenômenos mais chamativos, ele destacou a onda de calor na Rússia, que esteve 7,6 graus centígrados acima dos níveis médios, que considerou relacionada às "precipitações excepcionais no Paquistão", que deixou "as piores inundações da história" na região norte, próxima a Peshawar.

O secretário-geral da OMM também fez um alerta sobre as secas registradas na Bacia Amazônica, no Brasil, e no sudoeste da China.

Quanto a fenômenos extremos, os ciclones e furacões estiveram em 2010 "abaixo do normal" no Pacífico, embora no Atlântico sua atividade tenha sido maior.

Uma preocupação particular do analista foi a das calotas polares do Ártico, que continuam derretendo em níveis alarmantes no verão.

Os dados do relatório da OMM serão proporcionados ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para que os especialistas do grupo os levem em consideração para as discussões sobre mudança climática na ONU. EFE

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Matéria do Fantástico: Quadro "Terra, que tempo é esse?"

A reportagem de Sônia Bridi apresentada nesse último domingo no Fantástico mostra uma questão polêmica: o impacto que o aumento do nível dos mares tem sobre dois países - um rico e outro pobre. Os níves sobem em decorrência do derretimento de gelo, consequência do aquecimento global

Tecnologia e dinheiro em Veneza na Itália e pobreza em ilha de Pele, Vanuato, no oceano Pacífico.

Na Itália, o governo pode investir 25 bilhões de reais na construção de um complexo sistema de contenção do mar. Assim, "todas as ilhas da laguna vão ficar protegidas de uma elevação no nível do mar de até 60 centímetros."

Já em Vanuato, na ilha de Pele, o aumento do nível do mar já está causando muitos problemas no país. Não só o avanço do mar por cima da ilha causado pelos ventos fortes e mudanças nas correntes, mas também nos lençóis freáticos. Lá, há somente uma fonte de água que ainda é potável.

Vale a pena assistir a matéria completa no site do Fantástico.
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1628792-15605,00.html

Brasil promete cortar até 38,9% das emissões para 2020

Publicada em 13/11, uma reportagem do O Globo conta que o governo brasileiro assumiu a responsabilidade de cortar até 38,9% das emissões de GEE para 2020. Os compromissos assumidos são quanto ao desmatamento (responsável por 20% do compromisso), agropecuária, energia e siderurgia.

A ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, fez o anúncio exaltando a responsabilidade política do Brasil com o desenvolvimento sustentável. Porém, não foi mencionado qual será o total de recursos para implementar as ações, mas garante-se que haverá crédito suficiente.

Carlos Minc, ministro do meio ambiente, conta que o ministro da Noruega elogiou o Brasil pela iniciativa de se comprometer com a diminuição da emissão dos GEE.

O Brasil, como país em desenvolvimento deve demonstrar, sim, preocupação com o tema diante dos grandes. É importante que haja quem tome a frente e mostre metas que são compatíveis com o trabalho a ser feito em prol do planeta na luta contra o aquecimento global.

Matéria completa em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/13/brasil-promete-cortar-ate-38-9-das-emissoes-para-2020-914746941.asp

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Crise reduziu 1,3% a emissão de gás-estufa em 2009, afirma estudo



O estudo da 'Global Carbon Project' demonstra que as emissões de gases do efeito estufa caíram durante a crise econômica. Seria interessante se houvesse espaço nos diversos debates mundo afora para se discutir até que ponto mudanças mais radicais em alguns padrões econômicos não seriam a solução de muitos problemas climáticos. A 16ª reunião das Nações Unidas sobre Mudança climática está para acontecer em Cancún; sabe-se que muitos países não têm interesse - econômico - na diminuição da emissão dos GEE. Porém, espera-se que diante da intensificação de catástrofes naturais e de dados como o divulgado pela Global Carbon Project ajudem alguns líderes a entenderem que é agora ou agora.
Seguem trechos da notícia:

A crise econômica mundial levou a uma redução de 1,3% na produção mundial de dióxido de carbono (CO2) proveniente da queima de combustíveis fósseis no ano passado, de acordo com o Global Carbon Project, um grupo internacional de cientistas que analisa dados sobre emissões no planeta.
Nos últimos anos, Índia e China vêm aumentando o consumo de carvão como fonte de energia, o que leva a uma participação maior desses países na produção global de dióxido de carbono.
Por outro lado, a crise econômica mundial afetou mais duramente as economias dos países desenvolvidos, provocando uma grande redução na queima de combustíveis fósseis.
As emissões do Reino Unido caíram 8,6%, por exemplo, na linha do que aconteceu nos Estados Unidos (6,9%), no Japão (11,8%), na Alemanha (7%) e em outros países industrializados.
O levantamento também prevê que as emissões globais vão aumentar mais de 3% neste ano, voltando ao patamar de crescimento registrado entre 2000 e 2008.
Atualmente, a concentração de CO2 na atmosfera está 39% acima dos níveis pré-industriais, e no nível mais alto dos últimos 2 bilhões de anos, segundo os cientistas.
A partir de segunda-feira (29), representantes de mais de 190 países se reúnem em Cancún, no México, para tentar chegar a um acordo para coibir as emissões globais.

Notícia do G1.com, divulgada em 22/11/2010

Entendendo o efeito estufa


O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, porém a atividade humana o está tornando um problema. A emissão dos gases do efeito estufa está se intensificando contribuindo para o problema do aquecimento global.

No link abaixo, feito pelo Greenpeace, pode-se ver de maneira rápida e didática como funciona o processo de efeito estufa:

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Efeito-estufa/


terça-feira, 16 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mudanças climáticas alteram os padrões, a frequência e a intensidade dos incêndios florestais

As mudanças climáticas trarão grandes mudanças nos padrões mundiais de incêndios florestais e estas mudanças já estão ocorrendo rapidamente. Esta é a conclusão de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, em colaboração com cientistas da Texas Tech University. Os resultados foram publicados na edição de 8/4 da PLoS ONE.
Os pesquisadores utilizaram sensores térmicos infravermelhos, de satélites da Agência Espacial Européia, com dados obtidos entre 1996 e 2006, para desenvolver um estudo de pirogeografia (‘pyrogeography’, a distribuição e o comportamento de fogo em uma escala global). Eles não só tiveram uma visão global de locais onde ocorrem incêndios florestais, mas avaliaram as características ambientais comuns associadas com o risco de incêndios. Em seguida, essas variáveis foram incorporadas em projeções climáticas para desenvolver cenários de ocorrência dos incêndios florestais em todo o mundo.
Os pesquisadores avaliaram, em essência, duas variáveis necessárias para descrever a presença de fogo suficiente para queimar vegetação e da janela no momento em que as condições são quentes e secas o suficiente para que ocorra a ignição.
A partir dos cenários elaborados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, eles descobriram que grande parte do planeta vai conviver com incêndios em atividade, com grandes aumentos na atividade de incêndio no período 2010-2039.
Modelos anteriores de atividade de fogo concentraram-se em regiões específicas, incluindo o sul da Califórnia e a Austrália.
Os cientistas advertiram que as mudanças climáticas, já em 2006, poderiam aumentar o risco de incêndios florestais em todo a sudeste da Austrália. Três anos mais tarde, no início dos anos de seca, uma onda de calor elevou as temperaturas em até 20 graus acima da média na região. Essas condições, coerentes com o futuro esperado no âmbito das mudanças climáticas, criaram as condições para o incêndio mais mortal na história do país.
As florestas da Califórnia e da Austrália são naturalmente resistentes ao fogo. Algumas espécies de árvores dependem de incêndios, que ocorrem em períodos específicos, para se regenerar, mas o aumento da intensidade e da frequência pode superar a capacidade de recuperação.
O risco pode se especialmente preocupante nas florestas úmidas, que não possuem resistência natural ao fogo. Com as mudanças climáticas e as mudanças no regime de chuvas as florestas úmidas, tais como a Amazônia, tendem a ficar mais secas e, portanto, mais vulneráveis ao fogo.
Os pesquisadores disseram este estudo é um primeiro passo para criar uma visão global de como as mudanças climáticas irão alterar o risco de incêndio em todo o mundo, se cortes drásticos nas emissões de gases de estufa não ocorrerem.
A pesquisa foi conduzida com o apoio da The Nature Conservancy.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cinco dicas para reduzir as emissões da sua frota

Profissionais de gestão de frota estão enfrentando desafios em torno dos veículos e das alterações climáticas.


Muitas empresas dependem de uma frota de automóveis, caminhões ou vans para desenvolverem o seu negócio. A forma como eles utilizam estes veículos pode variar amplamente – um representante de uma empresa farmacêutica visita os médicos, um encanador vai até o cliente, um funcionário de uma empresa de agronegócio entrega sementes para um agricultor. Da mesma maneira que o uso dos veículos difere, o número de veículos em cada frota também pode variar muito - de cinco a 50 mil ou mais.

Apesar da diversidade de veículos utilizados e produtos ou serviços entregues, todos os profissionais de gestão de frota estão enfrentando desafios semelhantes em torno dos veículos e das alterações climáticas. Em um recente levantamento de gestores de frotas conduzido pelo PHH GreenFleet, 77 % disseram que tinham sido questionados por alguém da sua organização sobre o impacto ambiental da frota. Curiosamente, isso frequentemente começa com uma pergunta: "Por que não temos algum carro híbrido na nossa frota?"

Embora os gestores de frota fiquem muitas vezes frustrados por essa pergunta ("As pessoas pensam que eu durmo no trabalho? Claro que eu já considerei os híbridos!"), este é um grande começo para iniciar uma ampla conversa sobre que possibilidades criativas estão disponíveis para reduzir o impacto ambiental da frota. Na melhor das hipóteses, a pergunta leva a uma forte parceria entre os departamentos de frota, segurança e saúde ambiental.

Depois de trabalhar com diversas empresas nesse ponto e falar com dezenas de outras, o PHH e o Environmental Defense identificaram algumas das melhores práticas que podem ajudar as empresas a encontrarem formas financeiramente eficazes para reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) de suas frotas e ainda satisfazer as necessidades comerciais de seus motoristas de frota.

O que se pode medir pode-se administrar

A primeira constatação é um clássico ensinamento da gestão – o que se pode medir pode-se administrar. No entanto, verificamos que muitas empresas não estão medindo as emissões de suas frotas. Se nós não estamos medindo ativamente e fazendo relatórios sobre as emissões, nós provavelmente não estamos considerando as emissões quando decidimos quais os veículos que melhor atendem às necessidades de nossa frota.

Idealmente, uma empresa mediria todas as emissões de GEE de sua frota por meio das informações vigentes no uso de combustível. A utilização do veículo (dirigir na cidade versus dirigir em estradas, a capacidade do veículo de carga, etc), a manutenção e o comportamento durante a condução (dirigir em alta velocidade, direção agressiva, deixar o motor ligado fora de uso) podem ter um impacto significativo sobre a economia de combustível do veículo. Ao olhar para os dados atuais de combustível, uma empresa tem informações precisas sobre como está o desempenho dos seus veículos em comparação com as estimativas da EPA relacionadas à eficiência do combustível no veículo.

No caso das empresas que usam um cartão específico na compra de combustível para a frota, recolher esses dados é tão fácil como obter um relatório do seu fornecedor do cartão. Para as empresas que usam um cartão de crédito corporativo para todas as despesas profissionais, a triagem dos dados torna-se mais difícil, mas não é impossível. Uma vez que uma empresa estabeleceu seus parâmetros para a frota, ela pode então definir uma meta para reduzir o impacto ambiental da mesma.

Foco no resultado, e não na tecnologia

Ao considerar uma meta para a frota, é importante ter em mente o resultado que se está tentando alcançar - reduções reais nas emissões de gases do efeito estufa. Esta é provavelmente a coisa mais importante que aprendemos quando falamos com as empresas sobre suas frotas. Muitas empresas estão compreensivelmente animadas sobre tecnologias híbridas ou etanol como uma fonte de combustível renovável, e elas desenvolvem metas em torno da tecnologia. Essas metas podem ter consequências indesejadas.

Uma grande empresa de produtos voltados para o consumidor instituiu uma política em que todos os veículos alugados para seus executivos tinham de ser híbridos. Se o executivo não queria um híbrido, seria dado um subsídio para um outro carro. Apesar do aluguel do híbrido ser financeiramente melhor, a maioria dos executivos não queria um híbrido e recorreu ao subsídio para obter qualquer outro veículo que quisesse. A empresa não teve como acompanhar quais veículos eles estavam dirigindo. Como resultado, foi impossível medir o impacto ambiental desta política.

Um grande conglomerado definiu como meta colocar o maior número possível de veículos movidos ao combustível E85 em sua frota. Em alguns casos, eles retiraram os motoristas dos veículos com eficiência em combustível, mas que não eram compatíveis ao E85. Os motoristas do conglomerado não são instruídos para usar o E85 e muitas vezes não têm acesso ao combustível. O impacto ambiental deste objetivo é questionável.

A nossa recomendação é que as empresas estabeleçam metas de redução dos GEE, e não uma meta em torno de uma tecnologia específica. Isto oferece várias vantagens: em primeiro lugar, oferece à empresa a flexibilidade de olhar para todas as tecnologias disponíveis para determinar a melhor forma de cumprir essa meta. Para algumas empresas, usar uma combinação de tecnologias em função das necessidades dos diferentes segmentos da frota é a melhor maneira de maximizar a reduções.

Além disso, se uma empresa estabelece uma meta de redução dos GEE em vez de uma meta tecnológica, eles serão capazes de medir o impacto das campanhas anti-motor parado, de rotas mais eficientes ou da melhor manutenção dos veículos. Por último, ao estabelecer uma meta de redução dos GEE e regularmente realizar relatórios sobre os progressos alcançados, as empresas podem divulgar dados sobre as emissões da frota como parte de seu relatório geral sobre reduções dos GEE.

Procure por maneiras custo-eficazes de melhorar a eficiência e reduzir as emissões

O meio ambiente é o tema quente nos negócios atualmente. Como resultado, algumas empresas estão dispostas a aumentar os orçamentos de suas frotas para obter reduções ambientais. Isto é extraordinário, e esperamos que a iniciativa continue nos próximos anos. Mas sendo os ciclos de negócios do jeito que são, é irrealista pensar que as companhias estarão dispostas a pagar indefinidamente um preço mais alto pelas reduções ambientais.

Felizmente, a maioria das empresas não tem que fazer isso. Todas as empresas que analisamos têm oportunidades de reduzir as emissões sem aumentar os custos. Nossa recomendação é que as empresas comecem buscando as melhores relações custo-benefício para reduzir as emissões. Iniciativas que tragam benefícios para as empresas e o meio ambiente terão mais poder de duração e continuarão mesmo que o interesse da empresa em questões ambientais diminua.

Reduza o que você pode, compense o que não pode

Nossa conclusão sobre boas práticas é em relação ao tema controverso das compensações. Descobrimos que as empresas consideradas líderes na abordagem de questões ambientais utilizam compensações, mas só depois de terem sido feitas reduções nos seus negócios.

Não há veículos "clima neutro" em circulação hoje em dia (ok, há as bicicletas, mas elas não funcionam para a maioria das aplicações de frotas empresariais). Portanto, nossa recomendação é que as empresas procurem fazer a melhor relação de custo-benefício possível nas reduções e, em seguida, utilizando algumas das economias geradas, compensem as emissões remanescentes da sua frota. Há uma série de oportunidades viáveis de compensação, mas é melhor obter bons conselhos sobre qual delas entrega um valor válido ao meio ambiente.

O que se aplica as frotas se aplica a todas as práticas

Para muitas empresas, a frota é uma parte importante e visível da redução da pegada de GEE da companhia. É importante buscar formas de reduzir as emissões que ainda façam sentido comercial.

As melhores práticas descritas acima não se aplicam apenas à frota - essas são as melhores práticas para qualquer iniciativa ambiental que uma empresa queira investir. Ao incluir a frota a essas melhores práticas, as empresas têm uma oportunidade de fazer reduções de emissões de gases do efeito estufa reais, mensuráveis e custo-eficazes para seus carros corporativos e caminhões.

Karen Healey (Diretora de gerenciamento de produto da empresa de serviços de gestão de frota PHH Arval. Ela é responsável pelo produto sustentável da PHH, o PHH GreenFleet)
Fonte: Agenda Sustentável (
www.agendasustentavel.com.br)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Reportagem no fantástico!

Quem puder assistir o fantastico daqui a pouco passará uma boa reportagem sobre derretimento de geleiras!
Depois tentarei postar a reportagem.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sistema Climático da Terra

O clima da Terra é regulado por diversos elementos e processos que envolvem o fluxo de radiação solar, a atmosfera e a superfície terrestre. São cinco os componentes principais:
Atmosfera – uma camada de ar, dividida em sete faixas, que envolve nosso planeta e é extremamente fina quando comparada ao raio terrestre. Para a ciência do clima interessa as interações entre as duas camadas mais próximas da Terra: a troposfera e a estratosfera, essenciais para as trocas de energia entre as diferentes massas de ar e as nuvens e entre a hidrosfera, a biosfera e a litosfera. É o elemento fluido dessas trocas, com formação de ventos, tempestades, ciclones e furacões.
Hidrosfera – representada pelas águas oceânicas e continentais
Criosfera – constitui as camadas de gelo e neve na superfície da Terra
Superfície terrestre e biosfera – superfície da litosfera (crosta terrestre) onde se encontram os seres vivos. O quinto elemento que regula o clima da Terra é a radiação solar. Todas as interações entre os outros quatro componentes mencionados acontecem devido à incidência de tal fenômeno. A radiação solar chega a razão de 82 calorias por segundo e por metro quadrado da superfície – essa quantidade de energia incidente gera uma permanente dinâmica entre a atmosfera e a crosta terrestre, que é sentida por meio do clima. Em síntese, nesse contexto, tudo o que ocorre na Terra é causado pelo brilho do Sol.
Fatores de mudanças climáticas
Quando buscamos entender como ocorrem as alterações do equilíbrio climático, descobrimos que podem ser causadas por quatro fatores principais. Três deles dizem respeito a mudanças no nível de concentração, na atmosfera, de elementos muito importantes: os gases de efeito estufa, os aerossóis e a radiação solar. O quarto fator diz respeito a transformações nas características da superfície terrestre.
Apesar de o clima variar naturalmente, resultados de pesquisas constataram que o aumento substancial nas concentrações globais de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso deve-se, desde 1750, às atividades humanas – principalmente emissões devido ao uso de combustíveis fósseis e a mudanças de uso do solo.
Nesse âmbito, é necessário que também se tenha em conta que não são poucos os processos que envolvem o fluxo de radiação solar, os diferentes gases, a atmosfera e a superfície terrestre.
As atividades e trocas de gases que ocorrem nos ecossistemas terrestres e oceânicos têm forte interação com a atmosfera e controlam a composição de gases e de partículas de aerossóis que influenciam na formação de nuvens – as quais, por sua vez, são críticas para aspectos relativos à chuva e a processos hidrológicos. Esse sistema é extremamente dinâmico, e o relacionamento dos movimentos que ocorrem na baixa atmosfera (troposfera) com os processos estratosféricos é essencial na questão climática.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mudança de clima, mudança de vida...

http://www.youtube.com/watch?v=-xUt31hgYKQ

Excelente documentário que retrata como as mudanças climaticas aceleradas pelo homem influenciam nosso cotidiano.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aquecimento global com irreverência em livro de cartum

Cartunistas brasileiros se unem e lançam livro de alerta contra aquecimento global



Leia mais
 
http://meioambiente.terra.com.br/index.php

Rota da Reciclagem: Onde reciclar embalagens longa vida (Tetra Pak)

http://www.rotadareciclagem.com.br/site.html?site=sitelight

Carta Verde 3: energia, transgênicos e florestas

01/07/2010 - 11h07


Carta Verde 3: energia, transgênicos e florestas

A revista Carta Capital desta semana circula com o encarte Carta Verde, realizado por uma parceria entre a Envolverde e a Carta Capital. Desta vez estamos levando aos leitores uma matéria especial sobre os rumos da energia no Brasil, uma visão do presente e a projeção feita pelo plano decenal de energia feito pelo Governo Federal. Uma constatação interessante é que, mesmo com a exploração do petróleo da camada pré-sal, a matriz energética brasileira seguirá com o perfil mais renovável do mundo, graças principalmente aos investimentos previstos em geração hidrelétrica e em biocombustíveis. No entanto o país insiste em não rever seus sistemas de distribuição, que tem perdas consideradas inaceitáveis na Europa ou no Japão. Outro tema é a entrada do arroz transgênico no cenário do agronegócio brasileiro. A variedade que está na linha de frente foi desenvolvida pela Bayer e vem casada com um dos mais poderosos agrotóxicos do mundo, o glufosinato de amônio, que já foi banido da Europa por sua toxidade.


Duas personalidades do momento estão nas páginas desta edição da Carta Verde, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que reconstruiu a ponte do diálogo com as organizações empresariais e sociais dedicadas à sustentabilidade ao falar durante quase duas horas com jornalistas e o público da Conferência Internacional 2010 do Instituto Ethos, que aconteceu em São Paulo. Outra presença é do comunista histórico Aldo Rebelo, que por suas posturas surpreendentes em relação ao Código Florestal criou um confronto sem quartel com as teses de ambientalistas

históricos, como os ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva e Carlos Minc.

A Carta Verde 3 está encartada na revista Carta Capital n° 602, que está nas bancas até dia 2 de julho.


(Agência Envolverde

Cientistas prevêem ano com recorde de temperaturas

Cientistas prevêem ano com recorde de temperaturas
Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil


A previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) para 2010 não é boa. Assim como os dois anos mais quentes na história, 1998 e 2005, este ano começou sob o forte efeito do fenômeno do El Niño e se seguir a tendência apontada por esses primeiros meses, chegaremos em dezembro com um novo ano recorde de aquecimento global.

Nesses cinco primeiros meses de 2010, temperaturas acima do normal se fizeram sentir principalmente no leste da América do Norte, Brasil, Europa e Rússia, no sul da Ásia e na África equatorial. Segundo o NOAA, o planeta está passando por seu período mais aquecido já registrado.

Além de projetar que viveremos o primeiro semestre mais quente da história, o NOAA constatou que este maio foi o mais quente já registrado, assim como também foi o outono no hemisfério sul - primavera no hemisfério norte (março ao fim de maio) -, com a mais alta média de temperaturas.

Maio esteve 0.69°C mais quente que a média registrada desde 1880. Já para o período referente ao nosso outono, a temperatura esteve 0.73°C acima do padrão. Como um todo, o ano de 2010 está 0.68°C mais aquecido que a média histórica.

O NOAA realiza relatórios periódicos sobre a temperatura global e para isso utiliza uma rede de coleta de dados que cobre praticamente todo o planeta. Dessa forma consegue construir previsões que estão entre as mais confiáveis disponíveis.

Fator Homem

Apesar de vários fatores naturais, como o já mencionado El Niño, serem fundamentais na composição da temperatura do planeta, uma parte desse aquecimento também é de nossa responsabilidade.

Um artigo publicado nesta semana no Proceedings of the National Academy of Sciences (NAS) analisou o trabalho de 1372 pesquisadores climáticos e concluiu que a noção de que as atividades humanas estão impulsionando o aquecimento global é um consenso entre a comunidade cientifica.

Para a Presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, a ação do homem deve provocar o aumento da temperatura mundial antes do previsto por especialistas. Se a emissão de dióxido de carbono (CO2) continuar na progressão atual, o planeta vai ficar 2°C mais quente em apenas 20 anos.

“Dois graus é o limite para termos alterações climáticas ainda suportáveis ou adaptáveis, baseadas nos recursos atuais de tecnologia”, alertou Suzana durante o Fórum Ambiental do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), no começo de junho.

A conclusão que se pode chegar é que temos que fazer tudo ao nosso alcance para frear o aquecimento global, pelo menos na parte que cabe à humanidade, mas é fundamental que os governos se preparem para ajudar às populações para as mudanças climáticas e ambientais que invariavelmente acontecerão.

(CarbonoBrasil)

terça-feira, 18 de maio de 2010

ONU escolhe nova líder para o clima

A costa-riquenha Christiana Figueres foi nomeada pelo secretário-geral Ban Ki-moon

18 de maio de 2010
0h 00Reuters e AP - O Estado de S.Paulo

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, escolheu ontem a diplomata costa-riquenha Christiana Figueres, de 53 anos, para chefiar as negociações do clima, com o objetivo de firmar um novo tratado internacional para frear as mudanças climáticas. Ela vai substituir o holandês Yvo de Boer, que deixa o cargo de secretário executivo da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC) a pedido, em julho.

Christiana bateu o ex-ministro sul-africano do Meio Ambiente Marthinus van Schalkwyk, que tinha o apoio do Brasil. Seu papel será mobilizar os países para criar um acordo que continue ou suceda o Protocolo de Kyoto, após o fracasso da Conferência do Clima da ONU (COP-15), em Copenhague, no ano passado. O primeiro período do compromisso de Kyoto se encerra em 2012 e é preciso que os países definam metas de redução dos gases-estufa para o período posterior.

Apesar de o Brasil apoiar oficialmente o sul-africano, diplomatas brasileiros acreditavam que Ban Ki-moon escolheria uma mulher de país em desenvolvimento. Há o receio de que ela defenda interesses dos Estados Unidos nas negociações.

Christiana integra a equipe de negociadores da Costa Rica para a mudança climática desde 1995. Empresários e pessoas envolvidas no mercado de emissões de carbono apreciaram a escolha, segundo Andrei Marcu, chefe de assuntos regulatórios da empresa negociadora de petróleo Mercuria, que defende as companhias nas negociações da ONU.

Algumas ONGs também aprovaram a escolha. "Ela vem negociando em nome de um país que pretende neutralizar suas emissões de carbono até 2021. É disso que precisamos no palco global", afirmou o coordenador internacional de política climática do Greenpeace, Wendel Trio.

Segundo Ban Ki-moon, Christiana "é uma líder internacional em estratégias para enfrentar a mudança climática global e traz para a posição uma paixão pelo tema", profundo conhecimento das negociações e valiosa experiência com os setores público e privado e ONGs. Para Suzana Kahn, ex-secretaria nacional de mudanças climáticas, ela é transparente, descomplicada, objetiva e tem boa argumentação.

Prioridades. Christiana afirmou ter duas prioridades imediatas. A primeira é trabalhar com o secretário-geral da ONU para reforçar a confiança no processo de negociação. A segunda é apoiar a Dinamarca (responsável pela organização da conferência do clima no ano passado) e o México (responsável pela reunião deste ano, a COP-16) para que o encontro em Cancún, no fim de 2010, seja bem-sucedido. Em geral, os países não têm mais esperanças de alcançar um acordo juridicamente válido ainda neste ano. Yvo de Boer também não crê num acordo legalmente vinculante em 2010.

Mas ele desejou sucesso e fez elogios: "Eu a conheço há anos e posso testemunhar seu profundo compromisso com o trabalho de estabelecer um regime climático eficaz. Ela está familiarizada com os diferentes interesses que as negociações devem abordar para ter êxito."

A ministra de Clima e Energia da Dinamarca, Lykke Friis, disse que Christiana obteve apoio unânime ontem de nações-chave em uma reunião em Bonn, na Alemanha, onde fica a sede da UNFCCC. Uma fonte conhecedora do assunto afirmou: "Se queriam um burocrata técnico, ela é provavelmente o melhor que podem obter."

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100518/not_imp553159,0.php

terça-feira, 11 de maio de 2010

CONTRIBUIÇÃO DO BRASIL PARA EVITAR A MUDANÇA DO CLIMA




A mudança do clima é provavelmente o desafio mais significativo do século XXI.

Provocada por padrões não-sustentáveis de produção e consumo, a mudança do clima decorre do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera ao longo dos últimos 150 anos, principalmente da queima de combustíveis fósseis.

Dados e conclusões recentes dos Grupos de Trabalho do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima indicam, inequivocamente, que as atividades humanas são responsáveis pelo problema.

Os impactos ambientais da mudança do clima – que já estão sendo sentidos – afetam a todos, mas principalmente os mais pobres e vulneráveis. Para os países em desenvolvimento, que contribuíram muito pouco para o problema, a mudança do clima cobrará um alto preço por seus esforços na busca do desenvolvimento sustentável.

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) foi o caminho escolhido coletivamente pela comunidade internacional para criar um regime que fosse, ao mesmo tempo, eficiente no combate às causas do problema e eqüitativo na distribuição do ônus decorrente das medidas que devem ser tomadas para mitigá-lo. O Protocolo de Quioto à Convenção estabelece obrigações quantificadas de limitação ou redução de emissões para os países industrializados, relacionados no Anexo I da Convenção, com base no princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas dos países no que concerne à causa do problema.

De acordo com a Convenção, os países no Anexo I e os países não-Anexo I têm diferentes obrigações em relação à mudança do clima. A própria Convenção reconhece que uma parcela das emissões globais originárias dos países em desenvolvimento crescerá para que eles possam satisfazer suas necessidades sociais e econômicas. Em muitos desses países, as emissões podem aumentar em conseqüência das políticas de redução da pobreza, como, por exemplo, levar eletricidade às áreas rurais ou remotas.

Além disso, a situação nos países desenvolvidos que já satisfizeram as necessidades básicas das suas populações é diferente: em muitos deles, uma fonte importante de emissões se deve ao consumo supérfluo e não-sustentável.

Deve-se ressaltar, contudo, que a CQNUMC não confere a nenhum país uma licença para poluir. Como a mudança do clima é um problema global, a luta contra ela também deve ser global. O que muda é a natureza das obrigações nos diferentes países.

O objetivo comum, contudo, é um futuro em que o desenvolvimento se baseie num baixo consumo de carbono O Brasil não tem, de acordo com o regime da Convenção, obrigações quantificadas de limitação ou redução de emissões. Contudo, o país está atuando de forma decisiva e dando contribuições concretas para a luta contra a mudança do clima.

Há vários programas governamentais e iniciativas no Brasil que estão acarretando reduções importantes das emissões de gases de efeito estufa, alguns dos quais são responsáveis pelo fato de o Brasil ter uma matriz energética comparativamente “limpa”, com baixos níveis de emissões de gases de efeito estufa por unidade de energia produzida ou consumida. As iniciativas em outros setores, como o combate ao desflorestamento, biocombustíveis e eficiência energética também estão contribuindo para reduzir a curva das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.

O Brasil está fazendo sua parte no combate à mudança do clima, mas está pronto e disposto a fazer ainda mais no contexto do esforço global necessário para tratar do problema.

http://www.cetesb.sp.gov.br/geesp/docs/livros_revistas/contribuicao_brasil_evitar_mudanca_clima.pdf

domingo, 9 de maio de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

EUA começa a queimar petróleo que vazou no Golfo do México

Mundo
28/04/2010
23h38min

EUA começa a queimar petróleo que vazou no Golfo do México

Objetivo é evitar que a mancha, do tamanho da Jamaica, afete a costa do estado da Louisiana

As autoridades dos Estados Unidos, sob a pressão da ameaça de um desastre ecológico iminente devido a enorme quantidade de petróleo vertido no Golfo do México devido a explosão de uma plataforma petrolífera, começaram nesta quarta-feira a queimar porções da mancha de óleo para evitar sua chegada à costa do estado da Louisiana.

As autoridades disseram que embora as tentativas de conter a mancha sigam noite adentro, os resultados serão conhecidos apenas amanhã.

A decisão de submeter a mancha a pequenos incêndios controlados foi tomada apesar da contaminação que gerará no ar.

O objetivo, segundo a chefe da Guarda Litorânea dos EUA, Mary Landry, é evitar que a mancha, do tamanho da Jamaica, afete a costa do estado da Louisiana.


Na entrevista coletiva, as autoridades detalharam como será feita a delicada operação de combustão que, apesar de não eliminar totalmente o óleo derramado no dia 20 de abril, ao menos reduzirá o tamanho da mancha, que tem 170 quilômetros de comprimento por 70 de largura.

Antes de começar os incêndios, será criada uma enorme balsa de petróleo com uma barreira resistente ao fogo de 150 metros, e com ela se arrastará o combustível mar adentro, longe do litoral.


Ali, se provocarão pequenos fogos controlados, de hora em hora, aproximadamente, com o que se espera eliminar milhares de litros de petróleo.


As autoridades afirmam que o fogo não afetará zonas habitadas e espera-se que não tenha impacto na vida marinha, especialmente em espécies mamíferas e na colônia de tartarugas de mar.

O Governo do presidente Barack Obama anunciou ontem o lançamento de uma investigação exaustiva sobre as causas da explosão, que causou feridas graves em três trabalhadores e deixou outros 11 desaparecidos.


Os responsáveis da investigação, ordenada pelo secretário do Interior dos EUA, Ken Salazar, e a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, terão competências para emitir citações, celebrar audiências públicas e exigir o comparecimento de testemunhas.

Vazamento de óleo no Golfo do México seria cinco vezes maior que o estimado

Vazamento de óleo no Golfo do México seria cinco vezes maior que o estimado


Pelo menos 5 mil barris de petróleo estariam sendo jogados no mar

O vazamento de petróleo registrado no Golfo do México após o naufrágio de uma plataforma seria cinco vezes maior que a primeira estimativa feita pelo governo americano. De acordo com a Guarda Costeira e a Administração Nacional de Oceanos e Aeroportos dos Estados Unidos, pelo menos 5 mil barris de petróleo estão sendo derramados no mar a cada dia.



A previsão incial era de que 1 mil barris vazassem no mar por dia. Segundo as autoridades, a nova estimativa foi feita a partir de voos sobre o local do derramamento e medições realizadas pela Guarda Costeira.



Nesta quarta-feira, foi ordenada a queima de porções da mancha de óleo para evitar que o material chegue à costa do Estado da Louisiana. A operação não deve eliminar totalmente a mancha, mas conterá o avanço dela e reduzirá seu tamanho, que hoje é de 170 quilômetros de comprimento por 70 quilômetros de largura.



ZEROHORA.COM

Nova estação do Trensurb chega à fase final

29/04/2010
05h43min



Nova estação do Trensurb chega à fase final


Estação Liberdade é a primeira em Novo Hamburgo

A Trensurb iniciou a etapa final da construção da Estação Liberdade, a primeira em Novo Hamburgo, com a colocação da cobertura metálica de aço de 180 toneladas.



Iniciadas em julho de 2009, as obras devem ser concluídas no segundo semestre deste ano. A estação tem 4.881 metros quadrados de área e projeto arquitetônico diferenciado. Para garantir maior economia na iluminação, será utilizada energia solar. Outra inovação será a implantação de bicicletários no saguão.



A obra de expansão até Novo Hamburgo inclui ao todo 9,3 quilômetros de obras, com a construção de quatro novas estações e a reurbanização do entorno. O investimento é de R$ 700 milhões, do governo federal.



ZERO HORA

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ipea divulga estudo sobre negociações de mudança climática

Mudanças Climáticas - ainda sobre a COP 15


23/04/2010 - 16:11:42

Ipea divulga estudo sobre negociações de mudança climática

EcoDebate

Os avanços e os impasses nas negociações de mudança climática na 15ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP15), realizada no final de 2009, em Copenhague, e o prosseguimento das negociações em 2010 são tema de novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo mostra o papel do Brasil como negociador e interlocutor entre grupos de países.

Intitulado “Perspectivas sobre as negociações de mudança climática e seus impactos na política brasileira“, o Comunicado do Ipea n° 45 foi lançado em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (22/4), no auditório do Instituto em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. Ipea/BNDES, subsolo). Houve transmissão on-line para todo o Brasil.

O texto também analisa a posição do Brasil nas negociações internacionais sobre mudança climática, as ações nacionais de mitigação, o novo marco regulatório sobre o assunto e a adaptação às mudanças do clima. Há, ainda, dados sobre emissão de gases de efeito estufa no Brasil e em outros países e sobre as metas do Brasil para a redução de emissões.

O Comunicado do Ipea n° 45 foi elaborado por técnicos Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) e da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea.

Indígenas da Amazônia lançam cartilha sobre mudanças climáticas

24.04.2010
13h06


Indígenas da Amazônia lançam cartilha sobre mudanças climáticas


Texto diz que clima 'têm causado impactos na vida cotidiana das aldeias'.


G1


Escrita e ilustrada por 21 jovens indígenas de diferentes etnias da Amazônia, uma cartilha com explicações sobre as mudanças climáticas foi lançada no início desta semana pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Com 28 páginas, o livreto pretende estimular o debate sobre as alterações no clima dentro das aldeias.


De acordo com os organizadores da cartilha, ela foi criada para compensar a falta de publicações exclusivamente direcionadas para as comunidades indígenas sobre o assunto. Os jovens que desenvolveram o conteúdo do livro passaram pelo Centro Amazônico de Formação Indígena (Cafi), criado em 2006 para capacitar lideranças indígenas. Desde então, o centro já formou 83 jovens.


A introdução da cartilha justifica sua realização ao afirmar que "as alterações climáticas têm causado impactos diretos na vida cotidiana das aldeias, afetando a produção de alimentos", o que representaria uma "realidade dramática". O texto se propõe a ensinar aos indígenas como lidar com projetos que envolvem créditos de carbono e a assimilar melhor temas como mudanças climáticas e REDD (Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação).


De forma simples e didática, muitas vezes com desenhos, a cartilha explica, por exemplo, o que são os gases do efeito estufa, como funciona o ciclo do carbono, o que é o Protocolo de Quioto e quais são os direitos dos povos indígenas relacionados com as mudanças climáticas.
A produção da cartilha foi conduzida pelo Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), com apoio da organização The Nature Conservancy. O download da versão digital do livreto pode ser feita gratuitamente no site do Ipam.

Países da A.Latina e da UE discutem mudança climática

26 de abril de 2010 • 21h27

Representantes de 61 países da América Latina, do Caribe e da União Europeia (ALC-UE) iniciaram hoje, em Lima, um diálogo sobre mudanças climáticas com o objetivo de elaborar as propostas que serão apresentadas na cúpula do grupo na Espanha.


A reunião em Lima, que termina nesta terça-feira, é para elaborar as recomendações que serão apresentadas na VI cúpula ALC-UE, que será realizada em Madri, no próximo dia 18.

Na reunião, o ministro peruano do Meio Ambiente, Antonio Brack, defendeu que os países da América Latina e do Caribe, mesmo sem serem os principais países poluentes, também devem lutar contra a mudança climática com "reduções antecipadas" das emissões de carbono.



"A UE prometeu reduções de emissões entre 20 e 30% por se tratarem de países que têm um desenvolvimento intensivo com base em carbono. Nós, dos países da América Latina e do Caribe, não apresentamos grandes emissões ao meio ambiente, mas podemos minimizar com reduções antecipadas do uso intensivo de carbono em nível global", afirmou Brack.



O ministro peruano colocou como exemplo de ação concreta contra a mudança climática o programa peruano "Conservación de Bosques", que busca chegar a 2021 com um índice de 0% de desmatamento de florestas primárias e, assim, contribuir com uma redução da metade do total das emissões de carbono no Peru.



Para a realização do plano durante os quatro próximos anos, o Governo peruano vem negociando com o Japão um crédito de US$ 40 milhões.



Brack também afirmou que o aumento de dois graus na temperatura em nível mundial, calculado como consequência da mudança climática, mostra que os países da América Latina e do Caribe precisam realizar ações concretas.


Segundo um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), um aumento de temperatura entre 1% e 6% na região pode trazer para a Argentina, Chile e Uruguai uma melhoria na agricultura, enquanto, na América Central, pode causar um aumento de chuvas entre 20% e 40%.

 
Da mesma forma, países como a Argentina, Chile, Peru, Nicarágua e Honduras poderiam ter dificuldades no fornecimento de água.






Entrevista com Paulo Moutinho - Coordenador do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)

Para o Coordenador do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), se as alterações no Código Florestal forem aprovadas no formato atual, o país passará vergonha perante a comunidade internacional. Nesta entrevista, ele fala também sobre a pretensa dicotomia entre crescimento econômico e preservação ambiental e a posição de parlamentares a esse respeito.

Qual a relação entre a conservação das florestas e mudanças climáticas?
Quando se fala das mudanças climáticas, fala-se, automaticamente, de função de ecossistemas e não da biodiversidade apenas. A ideia é que ao estabelecer uma relação entre o equilíbrio climático do planeta e a integridade dos ecossistemas, abarca-se, também, outras funções. Sejam elas de disponibilização de água para a população, de diversidade de espécies, de recursos florestais e assim por diante.

Recentemente, foram publicados estudos diferentes que reforçam uma mesma posição: ao se criar unidades de conservação [da biodiversidade], se impede a emissão futura de gases de efeito estufa – quer seja dentro dessas áreas, quer seja em torno delas. E ao reduzir essas emissões, reduzimos a possibilidade de uma alteração climática muito grande na região e até no continente.

Além disso, pode-se dizer que a floresta é um grande regador do agronegócio. Ficar nesse conflito entre preservação e produção não é positivo. Na verdade, o agronegócio deveria ser o primeiro a proteger a Amazônia.

E por que isso não encontra respaldo nas políticas brasileiras, em especial no debate sobre as alterações do Código Florestal?

Primeiramente, é preciso dizer que o Brasil vem dando passos importantes no sentido da proteção ambiental, a partir do momento em que ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva trouxe a discussão sobre florestas para dentro do governo. Depois, tivemos a criação do Fundo Amazônia e mais recentemente, as metas voluntárias de redução de emissões de gases de efeito estufa. Foi uma mudança impressionante que tivemos nos últimos cinco, seis anos.
Esses são avanços que podem colocar o país em uma posição que acabe com o falso dilema entre crescimento econômico e conservação ambiental/mitigação das mudanças climáticas e use esse esforço como uma alavanca de desenvolvimento econômico. Mas infelizmente essa perspectiva não está posta nas discussões sobre o Código Florestal. Até agora, domina a percepção de que a proteção das florestas inviabiliza o desenvolvimento.

A sociedade brasileira pode se tornar a primeira a realizar o tão sonhado desenvolvimento sustentável. Mas há uma série de ameaças e se seus rumos não forem anulados ou as ações direcionadas para um outro caminho, será muito difícil o país entrar na era da economia de baixo carbono.

Além disso, quem vai sofrer é a indústria brasileira e o próprio país, porque não há como termos um planeta minimamente habitável no futuro se não estabelecermos esse tipo de economia.
Quais as conseqüências da não percepção dessa oportunidade de crescimento com preservação ambiental no debate sobre as alterações do Código no Congresso Nacional?

Se as alterações forem aprovadas do jeito que estão, com as mudanças propostas, certamente nós não vamos cumprir as metas de redução do desmatamento. Isso vai ser um mico que o país vai pagar perante a comunidade internacional.

E isso não acontece apenas em relação ao Código Florestal. Se o Programa de Aceleração do Crescimento for implementado do jeito que está, também certamente não vamos cumprir essas metas. Para se ter uma ideia, se a BR 319 for pavimentada, nos próximos 40 anos cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 serão emitidas. O Brasil estabeleceu como sua meta de redução do desmatamento até 2020, na Amazônia, 4,8 bilhões de toneladas. Ou seja, uma estrada praticamente anula toda a meta que foi colocada.
Em uma visão mais macroeconômica e macropolítica dessas considerações, vemos que o Brasil continua vivendo a grande esquizofrenia de ter projetos – alguns até bons – de controle do desmatamento e ao mesmo tempo um programa de expansão de infraestrutura sem qualquer preocupação com o meio ambiente.
Enfim, enquanto não tivermos um trabalho de Estado com ações coerentes, vamos dar um passo para frente e outro para trás, sem avanços.

Em relação ao debate sobre REDD, como o Congresso se posiciona?


Parlamentares estão envolvidos na discussão sobre a regulamentação de REDD e é importante que eles participem. Esse envolvimento abre uma porta para a discussão do marco legal do regime nacional de REDD coerente em termos de políticas públicas de Estado e de distribuição de recursos entre os entes da federação.

Mas esse envolvimento está longe de ser o ideal. Atualmente, está sendo discutido o Projeto de Lei 5586/09 [da deputada Rebecca Garcia (PP-AM)], que nasce muito focado nos créditos de REDD, o que pode ser um tiro no pé, caso essa linha de ação seja mantida. O projeto tenta estabelecer a regulamentação de créditos de REDD importando muitos processos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: ou seja, regulamentar e criar créditos para projetos isolados de REDD, o que é complicado. E praticamente todos os que participam desse debate defendem essa abordagem por projetos. Essa é a dos produtores rurais, por exemplo, que lutam seus próprios interesses.
Com isso, é gerado um sentido perverso para o mecanismo: talvez sejam distribuídos recursos para quem desmatou até agora e vai parar de desmatar, sem que tenha que compensar o dano já causado.
Outro problema é cada projeto elege o seu parâmetro técnico de contabilização de redução de emissões. A falta de padrões pode, em um primeiro momento, atrair investimentos de empresas que querem se adiantar na redução de suas emissões. Mas, por outro lado, pode afugentar investidores de longo prazo, porque torna impossível saber se não terminarão pagando duas vezes pela mesma coisa – para investidores, isso é a morte.
É por isso que a gente vem defendendo a criação de um regime programado de REDD, e não um saco de projetos, cada um estruturado de uma forma diferente.
Esse PL é a única discussão sobre REDD no Congresso?

Da última vez que fizemos a contabilidade, existiam 60 projetos relacionados às mudanças climáticas em trâmite no Congresso. Alguns, provavelmente, já devem ter sido abandonados, outros ainda estão em discussão. Esse PL dos créditos do REDD foi escolhido por alguns deputados pegaram para levar à frente. Todos os parlamentares estão dizendo que depois da COP 15 houve uma baixa na atenção ao tema – ninguém mais fala do assunto.
Antes, porém, de que se discuta qualquer projeto envolvendo o REDD, é fundamental encaminhar dois atos do governo ao Congresso: o Fundo de Mudanças Climáticas e a Política Nacional de Mudanças Climáticas. No primeiro, é preciso estabelecer as prioridades: como usar esse dinheiro, qual vai ser a política de uso, o que queremos desse fundo. Já na política nacional estão estabelecidas as metas de redução de emissões do país e é preciso regulamentar como isso será cumprido.
Esses dois atos devem dialogar com qualquer proposta que surja envolvendo o crédito de REDD, seja ele este PL ou não. É necessária a existência de uma lei que regule os princípios e fundamentos de um regime de REDD nacional, antes surgirem vários outros projetos.