quinta-feira, 29 de abril de 2010

EUA começa a queimar petróleo que vazou no Golfo do México

Mundo
28/04/2010
23h38min

EUA começa a queimar petróleo que vazou no Golfo do México

Objetivo é evitar que a mancha, do tamanho da Jamaica, afete a costa do estado da Louisiana

As autoridades dos Estados Unidos, sob a pressão da ameaça de um desastre ecológico iminente devido a enorme quantidade de petróleo vertido no Golfo do México devido a explosão de uma plataforma petrolífera, começaram nesta quarta-feira a queimar porções da mancha de óleo para evitar sua chegada à costa do estado da Louisiana.

As autoridades disseram que embora as tentativas de conter a mancha sigam noite adentro, os resultados serão conhecidos apenas amanhã.

A decisão de submeter a mancha a pequenos incêndios controlados foi tomada apesar da contaminação que gerará no ar.

O objetivo, segundo a chefe da Guarda Litorânea dos EUA, Mary Landry, é evitar que a mancha, do tamanho da Jamaica, afete a costa do estado da Louisiana.


Na entrevista coletiva, as autoridades detalharam como será feita a delicada operação de combustão que, apesar de não eliminar totalmente o óleo derramado no dia 20 de abril, ao menos reduzirá o tamanho da mancha, que tem 170 quilômetros de comprimento por 70 de largura.

Antes de começar os incêndios, será criada uma enorme balsa de petróleo com uma barreira resistente ao fogo de 150 metros, e com ela se arrastará o combustível mar adentro, longe do litoral.


Ali, se provocarão pequenos fogos controlados, de hora em hora, aproximadamente, com o que se espera eliminar milhares de litros de petróleo.


As autoridades afirmam que o fogo não afetará zonas habitadas e espera-se que não tenha impacto na vida marinha, especialmente em espécies mamíferas e na colônia de tartarugas de mar.

O Governo do presidente Barack Obama anunciou ontem o lançamento de uma investigação exaustiva sobre as causas da explosão, que causou feridas graves em três trabalhadores e deixou outros 11 desaparecidos.


Os responsáveis da investigação, ordenada pelo secretário do Interior dos EUA, Ken Salazar, e a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, terão competências para emitir citações, celebrar audiências públicas e exigir o comparecimento de testemunhas.

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