quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Matéria do Fantástico: Quadro "Terra, que tempo é esse?"

A reportagem de Sônia Bridi apresentada nesse último domingo no Fantástico mostra uma questão polêmica: o impacto que o aumento do nível dos mares tem sobre dois países - um rico e outro pobre. Os níves sobem em decorrência do derretimento de gelo, consequência do aquecimento global

Tecnologia e dinheiro em Veneza na Itália e pobreza em ilha de Pele, Vanuato, no oceano Pacífico.

Na Itália, o governo pode investir 25 bilhões de reais na construção de um complexo sistema de contenção do mar. Assim, "todas as ilhas da laguna vão ficar protegidas de uma elevação no nível do mar de até 60 centímetros."

Já em Vanuato, na ilha de Pele, o aumento do nível do mar já está causando muitos problemas no país. Não só o avanço do mar por cima da ilha causado pelos ventos fortes e mudanças nas correntes, mas também nos lençóis freáticos. Lá, há somente uma fonte de água que ainda é potável.

Vale a pena assistir a matéria completa no site do Fantástico.
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1628792-15605,00.html

Brasil promete cortar até 38,9% das emissões para 2020

Publicada em 13/11, uma reportagem do O Globo conta que o governo brasileiro assumiu a responsabilidade de cortar até 38,9% das emissões de GEE para 2020. Os compromissos assumidos são quanto ao desmatamento (responsável por 20% do compromisso), agropecuária, energia e siderurgia.

A ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, fez o anúncio exaltando a responsabilidade política do Brasil com o desenvolvimento sustentável. Porém, não foi mencionado qual será o total de recursos para implementar as ações, mas garante-se que haverá crédito suficiente.

Carlos Minc, ministro do meio ambiente, conta que o ministro da Noruega elogiou o Brasil pela iniciativa de se comprometer com a diminuição da emissão dos GEE.

O Brasil, como país em desenvolvimento deve demonstrar, sim, preocupação com o tema diante dos grandes. É importante que haja quem tome a frente e mostre metas que são compatíveis com o trabalho a ser feito em prol do planeta na luta contra o aquecimento global.

Matéria completa em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/13/brasil-promete-cortar-ate-38-9-das-emissoes-para-2020-914746941.asp

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Crise reduziu 1,3% a emissão de gás-estufa em 2009, afirma estudo



O estudo da 'Global Carbon Project' demonstra que as emissões de gases do efeito estufa caíram durante a crise econômica. Seria interessante se houvesse espaço nos diversos debates mundo afora para se discutir até que ponto mudanças mais radicais em alguns padrões econômicos não seriam a solução de muitos problemas climáticos. A 16ª reunião das Nações Unidas sobre Mudança climática está para acontecer em Cancún; sabe-se que muitos países não têm interesse - econômico - na diminuição da emissão dos GEE. Porém, espera-se que diante da intensificação de catástrofes naturais e de dados como o divulgado pela Global Carbon Project ajudem alguns líderes a entenderem que é agora ou agora.
Seguem trechos da notícia:

A crise econômica mundial levou a uma redução de 1,3% na produção mundial de dióxido de carbono (CO2) proveniente da queima de combustíveis fósseis no ano passado, de acordo com o Global Carbon Project, um grupo internacional de cientistas que analisa dados sobre emissões no planeta.
Nos últimos anos, Índia e China vêm aumentando o consumo de carvão como fonte de energia, o que leva a uma participação maior desses países na produção global de dióxido de carbono.
Por outro lado, a crise econômica mundial afetou mais duramente as economias dos países desenvolvidos, provocando uma grande redução na queima de combustíveis fósseis.
As emissões do Reino Unido caíram 8,6%, por exemplo, na linha do que aconteceu nos Estados Unidos (6,9%), no Japão (11,8%), na Alemanha (7%) e em outros países industrializados.
O levantamento também prevê que as emissões globais vão aumentar mais de 3% neste ano, voltando ao patamar de crescimento registrado entre 2000 e 2008.
Atualmente, a concentração de CO2 na atmosfera está 39% acima dos níveis pré-industriais, e no nível mais alto dos últimos 2 bilhões de anos, segundo os cientistas.
A partir de segunda-feira (29), representantes de mais de 190 países se reúnem em Cancún, no México, para tentar chegar a um acordo para coibir as emissões globais.

Notícia do G1.com, divulgada em 22/11/2010

Entendendo o efeito estufa


O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, porém a atividade humana o está tornando um problema. A emissão dos gases do efeito estufa está se intensificando contribuindo para o problema do aquecimento global.

No link abaixo, feito pelo Greenpeace, pode-se ver de maneira rápida e didática como funciona o processo de efeito estufa:

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Efeito-estufa/


terça-feira, 16 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mudanças climáticas alteram os padrões, a frequência e a intensidade dos incêndios florestais

As mudanças climáticas trarão grandes mudanças nos padrões mundiais de incêndios florestais e estas mudanças já estão ocorrendo rapidamente. Esta é a conclusão de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, em colaboração com cientistas da Texas Tech University. Os resultados foram publicados na edição de 8/4 da PLoS ONE.
Os pesquisadores utilizaram sensores térmicos infravermelhos, de satélites da Agência Espacial Européia, com dados obtidos entre 1996 e 2006, para desenvolver um estudo de pirogeografia (‘pyrogeography’, a distribuição e o comportamento de fogo em uma escala global). Eles não só tiveram uma visão global de locais onde ocorrem incêndios florestais, mas avaliaram as características ambientais comuns associadas com o risco de incêndios. Em seguida, essas variáveis foram incorporadas em projeções climáticas para desenvolver cenários de ocorrência dos incêndios florestais em todo o mundo.
Os pesquisadores avaliaram, em essência, duas variáveis necessárias para descrever a presença de fogo suficiente para queimar vegetação e da janela no momento em que as condições são quentes e secas o suficiente para que ocorra a ignição.
A partir dos cenários elaborados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, eles descobriram que grande parte do planeta vai conviver com incêndios em atividade, com grandes aumentos na atividade de incêndio no período 2010-2039.
Modelos anteriores de atividade de fogo concentraram-se em regiões específicas, incluindo o sul da Califórnia e a Austrália.
Os cientistas advertiram que as mudanças climáticas, já em 2006, poderiam aumentar o risco de incêndios florestais em todo a sudeste da Austrália. Três anos mais tarde, no início dos anos de seca, uma onda de calor elevou as temperaturas em até 20 graus acima da média na região. Essas condições, coerentes com o futuro esperado no âmbito das mudanças climáticas, criaram as condições para o incêndio mais mortal na história do país.
As florestas da Califórnia e da Austrália são naturalmente resistentes ao fogo. Algumas espécies de árvores dependem de incêndios, que ocorrem em períodos específicos, para se regenerar, mas o aumento da intensidade e da frequência pode superar a capacidade de recuperação.
O risco pode se especialmente preocupante nas florestas úmidas, que não possuem resistência natural ao fogo. Com as mudanças climáticas e as mudanças no regime de chuvas as florestas úmidas, tais como a Amazônia, tendem a ficar mais secas e, portanto, mais vulneráveis ao fogo.
Os pesquisadores disseram este estudo é um primeiro passo para criar uma visão global de como as mudanças climáticas irão alterar o risco de incêndio em todo o mundo, se cortes drásticos nas emissões de gases de estufa não ocorrerem.
A pesquisa foi conduzida com o apoio da The Nature Conservancy.